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10 CUIDADOS NO USO DO DISC

10 cuidados no uso do DISC

Tomar a decisão de entender de gente é como abrir uma porta que dá acesso a uma estrada que, provavelmente, nunca terá fim. É uma caminhada que tem início, sem dia e hora para terminar. Quanto mais andar por ela, possivelmente mais energizado(a) você se sentirá. Uma outra importante consideração é que, por mais que nos esforcemos para analisar uma pessoa, para um processo de seleção ou desenvolvimento, com o máximo de imparcialidade possível, ainda a estamos vendo pela janela dos nossos olhos, isto é, pela nossa perspectiva, que pode ter vieses.

Entender de pessoas pode ser uma viagem fascinante, mas, ao se preparar para ela, não se esqueça dos seguintes itens para colocar na sua bagagem: paciência, saber ouvir, humildade, flexibilidade, tolerância, respeito, simpatia, empatia, compaixão e a certeza de, quanto menos você souber de gente, mais você irá errar. E, quanto mais aprender, mais consciência terá a respeito da complexidade do ser humano e de que sempre haverá algo novo para descobrir e aplicar.

A seguir estão algumas reflexões sobre o uso do DISC a serem feitas para quem já está no caminho de se conhecer e conhecer o outro, principalmente se for com o uso de ferramentas de análises comportamentais como o DISC, muito populares, as quais, se também tiverem uma boa construção e validação, serão muito úteis para iniciativas de autoconhecimento e seleção de desenvolvimento de pessoas.
 

  1. CONHECIMENTO SUPERFICIAL – Acreditar que saber o significam as letras D, I, S e C é o suficiente para interpretar um gráfico DISC de maneira adequada e orientar corretamente as pessoas a respeito de seus respectivos perfis comportamentais é um atalho para cometer erros. Interpretar os fatores baixos, bem como analisar a combinação de fatores, é fundamental para a leitura de um gráfico de maneira correta.
      
  2. POUCA DEDICAÇÃO – Acreditar que a busca de conhecimento e o aprendizado se encerram quando o treinamento de certificação termina é contar com sorte para fazer um bom trabalho. O aprendizado realmente só começa após o término do treinamento, com a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos no treinamento. Corro o risco de dizer de que nenhum treinamento existente a respeito do uso do DISC, por mais completo e longo que seja, irá conseguir disponibilizar todos os conhecimentos relativos a essa teoria, muito menos disponibilizar as oportunidades necessárias para um sólido aprendizado, o qual poderá levar alguns anos, como reflexo do intenso uso do DISC.
     
  3. PRESSA PARA APERFEIÇOAR A ANÁLISE – Criar interpretações e sacadas próprias, antes de se assegurar de que está dominando os fundamentos da teoria, é pedir para tropeçar nesse caminho. Primeiro é necessário atingir a maestria nos fundamentos, para depois, com cuidado, adicionar outros conceitos. É comum encontrar profissionais adicionando características e descrições aos fatores que não possuem relação com os pressupostos da teoria DISC. Algumas pessoas colocam a ambição (é um valor, não um comportamento) como uma característica da dominância ou o autocontrole (é uma competência emocional, proveniente da inteligência emocional) como um atributo da estabilidade.
  4. CONFIAR EM TUDO O QUE ENCONTRA – Utilizar as informações disponíveis na internet e redes sociais, partindo do princípio de que estão corretas, sem questionar a origem destas e a formação técnica e a experiência prática de quem as divulga, é colocar-se potencialmente em situações constrangedoras com o seu cliente e no mercado onde atua.
     
  5. NÃO CHECAR E ATUALIZAR O PRÓPRIO MATERIAL – Periodicamente não checar e atualizar os materiais que utiliza para apresentações, workshops e sessões de orientação é expor-se desnecessariamente ao erro. Principalmente quando se utiliza mais de uma fonte de informação ou se recorre a prestadores de serviço, sem a devida formação e base conceitual para a elaboração desses materiais.
     
  6. NÃO INVESTIGAR OS FORNECEDORES – Não questionar a base científica dos instrumentos que utiliza, inclusive quando estes dizem ter um avanço ou algo que os da concorrência não possuem, aumenta as chances de seu cliente fazer perguntas que você não saberá como responder. Para cada afirmação do fornecedor de ferramentas de assessment, deve haver um documento que sustente ou comprove o que está sendo dito. Isso é principalmente importante quando se trata de afirmações relativas à confiabilidade do instrumento.
     
  7. TRANSFERIR CONHECIMENTO – Não usar o dicionário da ferramenta é receita certa para fazer interpretações equivocadas. Muitas vezes uma mesma palavra pode ter interpretações diferentes, conforme a metodologia de assessment utilizada. Por exemplo: ao falar, podemos separar o conteúdo da forma, pois uma pessoa pode trazer um conteúdo objetivo (oposto de harmônico), porém pode se expressar de maneira mais suave e branda (oposto de objetivo, na dimensão comportamental).
     
  8. VISÃO RASA DO SER HUMANO – Limitar o entendimento de uma pessoa à leitura de um gráfico aumenta as chances de que suas sessões de orientação com base em um gráfico DISC sejam baseadas em achismos ou adivinhações, sem qualquer fundamentação técnica. Toda ferramenta de assessment possui os seus limites, ou seja, não irá responder a todas as perguntas relativas à pessoa analisada. Saber os fundamentos e o propósito de uma ferramenta contribuirá para saber quais são esses limites.
     
  9. DECISÕES PRECIPITADAS – Tomar decisões de contratação, promoção ou demissão apenas com base no gráfico DISC abrirá as portas para as decisões erradas. O que uma pessoa entrega como resultado é derivado de uma série de variáveis, as quais ainda podem ter diferentes pesos em uma decisão, conforme o contexto. Em outras palavras, além de um gráfico DISC ter limites no que se refere à compreensão de quem é uma pessoa, esse gráfico pode ter mais ou menos importância em uma decisão, dependendo da situação.
     
  10. QUERER MUDAR O GRÁFICO NATURAL – Querer mudar o gráfico DISC natural de uma pessoa, ao invés de ensiná-la a exibir comportamentos que não são naturais a ela, pode mais prejudicar do que ajudar uma pessoa. O objetivo não deveria ser mudar a pessoa, mas sim contribuir para que ela se conheça, se aceite, se ame para então adicionar o que falta e possa ser relevante aprender. O foco não deveria ser mudar a pessoa, mas sim acrescentando habilidades, preservando o que a pessoa já tem.

 
Todos nós, em maior ou menor grau, lidamos com pessoas, seja com familiares, amigos ou companheiros de trabalho; desta forma, entender de gente deveria ser imprescindível para todos, para o bem de cada um de nós. Essa é uma viagem com algumas certezas: de que vale iniciar, de que devemos dar um passo por vez e de que não há um momento para terminar. 

Acessem também www.disc.com.br.

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