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MEU DISC DEU ERRADO, POR QUÊ?

Meu DISC deu errado, Por quê

Emoções negativas, resistências e medos não devem estar presentes após uma pessoa receber o feedback de seu gráfico ou relatório DISC. Se isso aconteceu, alguma coisa deu errado. Uma regra universal para trabalhos desse tipo deveria ser: a pessoa irá sair do processo melhor do que quando entrou.

Ferramentas DISC são produtos que, como qualquer outro, poderão variar de qualidade, mas com uma importante diferença. Uma ferramenta, independentemente de qual seja, demanda alguém que a utilize para que assim ela possa cumprir com o seu propósito.

E o DISC é uma ferramenta para ser utilizada com pessoas, não com coisas, o que aumenta muito a responsabilidade de quem as cria ou as utiliza em suas práticas de seleção ou desenvolvimento de pessoas.

No caso de ferramentas de assessment, ou análise de perfil comportamental, como os baseados na metodologia DISC, a boa capacitação e larga experiência de quem irá analisar, assim como o local, clima e ambiente apropriados, são fundamentais para que o resultado do seu uso seja um sucesso, um verdadeiro ganha-ganha, para quem foi analisado e para quem conduziu a análise.

Quando temos problemas no uso de uma ferramenta DISC, como no caso de uma pessoa não concordar com o resultado, o recomendado não é defender cegamente o resultado, perder a calma, fazer afirmações em tom impositivo ou não dar espaço para a pessoa analisada se colocar.

O adequado é fazer perguntas, investigar e escutar, sempre de maneira amistosa e cooperativa, para assim encontrar a causa do desconforto ou, com tranquilidade, concluir que o resultado pode realmente não ser verdadeiro. A seguir, você encontrará trinta possibilidades que podem ser levadas em consideração, quando houver resistência com o resultado. Ressalto que é em situações como essas, de discordância, que mais aprendemos a respeito de pessoas e também sobre ferramentas de assessment.

Alguns motivos para uma pessoa não concordar com parte, ou com todo o resultado:

  1. O instrumento utilizado é de má qualidade, ou seja, o resultado pode mesmo estar errado.
  2. Preencheu o questionário sem atenção, fazendo pouco caso ou com desdém.
  3. Possui pouco conhecimento a respeito do que o instrumento se propõe a medir.
  4. A interpretação foi feita por uma pessoa sem a capacitação ou experiência adequadas.
  5. O relatório possui alguma palavra que gerou uma indisposição ou resistência em quem leu.
  6. Não tem conhecimento de que o gráfico DISC não traz respostas para tudo, apenas para aquilo a que se propõe, ou seja, comportamentos e emoções observáveis.
  7. Acredita que o gráfico deve refletir as competências ou entregas já realizadas pela pessoa analisada.
  8. Não entende que o gráfico DISC apenas diz onde a pessoa provavelmente terá maior ou menor facilidade em determinadas atividades, não se ela vai ou não conseguir fazer algo.
  9. Acredita que há resultados bons ou ruins – DISC é uma metodologia neutra.
  10. Está com medo de que o resultado pode gerar uma demissão, inviabilizar uma promoção ou simplesmente prejudicar de alguma forma.
  11. Pode crer, mesmo que nada seja dito ou possa ser dito, que o gráfico possa revelar aspectos da vida que não gostaria que fossem revelados.
  12. Pode imaginar que as informações possam ser utilizadas como meio de manipulação ou de tirar proveito de si.
  13. Passa por um momento de insatisfação com a empresa onde trabalha. Discordar e atrapalhar pode ser uma forma de sinalizar esse descontentamento.
  14. Pode não confiar nas boas intenções da liderança da empresa, RH ou até da empresa como um todo.
  15. O relatório diz coisas certas, mas que a pessoa não aceita. Pode acontecer de a pessoa discordar justamente daquilo que mais é, inclusive já tendo escutado o mesmo de outras pessoas – mas que sempre negou.
  16. Gostaria de ser uma pessoa diferente daquela retratada pelo gráfico ou relatório.
  17. Pensa que o resultado engessa ou limita a pessoa. O autoconhecimento e a aceitação de quem é, com suas respectivas forças e limitações, libertam a pessoa para uma infinidade de possibilidades.
  18. Não simpatiza, não tem uma primeira boa impressão ou não confia na pessoa que irá interpretar os resultados.
  19. Recebeu o relatório, em formato eletrônico ou impresso, sem devolutiva verbal ou qualquer outro tipo de orientação a respeito dele.
  20. O relatório de texto é mal escrito, em termos de conteúdo e/ou português, o que aumenta as chances de resistência de quem o lê.
  21. Já teve uma má experiência com o DISC e por isso já tem uma predisposição negativa a uma nova análise, mesmo que o instrumento seja de outra empresa e a interpretação feita por outra pessoa.
  22. Subestima ou menospreza o resultado, em razão da aparente simplicidade do questionário.
  23. O relatório mostra justamente o que a pessoa tenta esconder.
  24. A pessoa desconfia de que não foi dito tudo na devolutiva, mais especificamente as partes que a podem prejudicar.
  25. O ambiente onde a devolutiva ou entrega do relatório foi feita não era apropriado e a pessoa pode ter ficado desconfortável por outras pessoas também terem visto ou escutado o seu resultado.
  26. A pessoa simplesmente não se sente à vontade de outras pessoas a conhecerem melhor.
  27. Não sabe quem são as pessoas que terão acesso ao resultado, aumentando a sensação de medo com relação a como os resultados serão utilizados e com qual intenção.
  28. Mistura conceitos ou teorias, pelo pouco entendimento do que a teoria DISC mede e não mede.
  29. A pessoa que está analisando o resultado está apenas lendo o gráfico, ao invés de interpretá-lo, fazendo perguntas e construindo a análise a quatro mãos. Apenas ler, em uma comunicação de mão única, faz aumentar muito as chances de erro, além de tornar a análise fria e impessoal, o que pode aumentar a resistência da pessoa analisada.
  30. Falta de sensibilidade, respeito, carisma, diplomacia, tato, simpatia e empatia de quem vai analisar pode facilitar o afastamento e a resistência da pessoa analisada.

Acredito que a lista acima, que para alguns pode ser longa e cansativa, ainda não é completa. Por isso é importante salientar a importância de interagir com a pessoa analisada, fazendo perguntas e a ouvindo, com isenção e uma agenda positiva, para a construção da resposta certa à situação, sempre que houver uma reação negativa ou oposição ao resultado da análise DISC.

Esse é um processo cooperativo entre quem analisa e a pessoa analisada, onde a premissa básica é de que haja confiança entre elas.

Para lidar com gente, principalmente quando se pretende utilizar ferramentas de assessment, é crítico ter uma boa inteligência interpessoal, além de outras competências de relacionamento, sem esquecer de checar a origem e qualidade do instrumento. Uma excelente capacitação na metodologia e uma boa dose de paciência e humildade no caminho do acúmulo de experiência também são fundamentais, ainda mais que experiência não se compra ou inventa, se adquire através do tempo, o qual tem a mesma medida para todos nós.

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