O mercado brasileiro tem recebido um grande número de novas ferramentas de assessment. Esta grande quantidade de novos instrumentos pode levantar questionamentos com relação à confiabilidade deles e também com relação à necessidade de uma boa qualificação dos profissionais que utilizam estas ferramentas.
A seguir, trago algumas orientações para profissionais que utilizam instrumentos de análise de perfil em suas atividades de seleção e desenvolvimento de pessoas.
- O mercado oferece diferentes ferramentas para diferentes necessidades. Saber o que um instrumento mensura é pré-requisito para quem deseja usá-lo; saber o que ele não mede é fundamental.
- Não acreditar que um gráfico trará todas as respostas a respeito de uma pessoa.
- Não assumir uma postura arrogante, de que o instrumento utilizado é à prova de erros, por exemplo.
- Construir o resultado do relatório a quatro mãos, ou seja, é muito importante a interação entre quem analisa e o analisado.
- Levar em consideração o melhor momento, local e demais condições que irão influenciar a qualidade de uma adequada interação com o analisado.
- Não tratar pessoas como se fossem apenas um gráfico, sem levar em consideração seus sentimentos, emoções, medos e sonhos.
- Não iniciar uma sessão de orientação sem ter clareza a respeito das razões e objetivos da mesma.
- Gráficos são apenas fontes de informação, não devem ser lidos, mas sim interpretados.
- Não pensar que todos os instrumentos são iguais, ainda que possuam os mesmos nomes ou estes sejam parecidos.
- Ao utilizar uma ferramenta, procure saber se esta mensura potencial ou entrega. Não é raro encontrar instrumentos de análise comportamental, os quais mensuram potencial, se dizer que medem competências.
A correta utilização de ferramentas de assessment possui dois importantes pilares: a qualidade da ferramenta e do profissional que a utiliza. Lidar com pessoas demanda muita seriedade, sensibilidade, respeito, calma, responsabilidade, diplomacia, flexibilidade, tolerância, saber ouvir, habilidades sociais e a facilidade de se colocar no lugar da outra pessoa.